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sábado, 2 de março de 2013

Análise do Jogo - Real Madrid 2 x 1 Barcelona - La Liga


  • Aquecimento
  • No Superclássico menos importante dos últimos tempos, os técnicos colocaram em campo dois times mudados, mas por motivos diferentes. Enquanto José Mourinho optou por poupar jogadores chave para o confronto contra o Manchester United pela Liga dos Campeões, o Barcelona de Jordi Roura experimentou diferentes jogadores para tentar solucionar os recentes problemas da equipe, notadamente a falta de profundidade de jogo.

Real veio para o jogo com Pepe no meio-campo, Sergio Ramos na zaga esquerda e Essien na lateral direita. O resto do time foi completamente diferente do que eliminou o Barça da Copa do Rei. Modric e Kaká completaram o meio-campo, e os jovens Morata e Callejon acompanharam Benzema no ataque. O Barcelona, por sua vez, teve Mascherano fazendo dupla com Piqué na zaga; a volta de Victor Valdés - que não joga na Copa do Rei; a entrada de Thiago Alcantâra no lugar de Xavi, machucado e dúvida para o jogo da volta contra o Milan e ainda a entrada de David Villa no lugar de Fábregas, esse último a grande aposta tática para mudar o momento do time. Uma das grandes criticas nos dois jogos que o Barça perdeu - contra o Milan e contra o Real - era que o movimento e o posicionamento de Fábregas e Iniesta pelo lado esquerdo estavam causando mais indefinição no próprio time que nos adversários.

Real sai na frente, sofre o empate, mas o Barcelona não apresenta melhoras
Com seis minutos de jogo, Karim Benzema abriu o placar para o Real, o que fez com que o time da capital se fechasse na defesa e se concentrasse puramente nos contra-ataques. O Barcelona não tardou a impor seu jogo de posse de bola. Busquets recuava e liberava os dois laterais para o ataque, que eram marcados de perto pelos pontas Morata e Callejon. Daniel Alves atacava com mais liberdade pelo lado direito, mas Jordi Alba também aproveitava a nova configuração da equipe para oferecer mais abertura pelo lado esquerdo. David Villa se posicionava na ponta esquerda, esperando o passe certo de Messi, para puxar pro meio e fazer o gol.

O gol de empate saiu em bola enfiada por Daniel Alves, quase na meia-direita. O ala colocou a bola entre Coentrão e Sergio Ramos, a qual Messi recebeu, driblou Sergio Ramos e bateu no contra pé de Diego Lopez. Lance para lembrar a todos o potencial incrivel que tem o time catalão. Entretanto, a posse de bola de 73% do Barcelona no primeiro tempo não resultou em mais do que 3 chutes. Messi era vigiado de perto por Ramos, quando este estava na zona de ataque, e por Pepe, quando vinha para o meio-campo. Kaka não fez boa partida ofensivamente, mas participou ativamente e com disciplina pelo lado esquerdo do meio-campo, ajudando a marcar Thiago Alcantâra. Ao fim do primeiro tempo, a situação do Barcelona não parecia boa, com pouquissímas, se alguma, melhoras no desempenho em relação as suas atuações recentes.

Cristiano Ronaldo entra e esfria o momento do Barça

No segundo tempo, o Barcelona veio mais involvente, Messi começou a se movimentar entre as linhas e receber com espaço para criar boas jogadas. Parecia que o Barça caminhava para a reablitação. Assim que percebeu a mudança de atitude do adversário, Mourinho colocou Cristiano Ronaldo e Khedira em campo, no lugar de Kaká e Benzema. O time do Real saiu do 4-2-3-1 para o 4-3-3, com o português indo jogar como o centro-avante e Khedira ajudando a recuperar o meio campo, batendo com Iniesta. Modric começou a marcar atentivamente a saída com Busquets,

Uma movimentação interessante acontecia quando Messi se posicionava como camisa 10. Pepe grudava no argentino, Khedira em Iniesta, e Modric em Busquets, sobrando Thiago. Morata, afunilava para marcá-lo, deixando Alves livre. Mas era um risco calculado, já que Cristiano Ronaldo estava esperando os espaços deixados pelo lateral direito para puxar contra-ataques.

O gol da vitória ocorreu após o as alterações de Mourinho, que equilibraram o jogo e mais uma vez fizeram parecer que o Barcelona era só mais outro time comum. Escanteio batido por Luka Modric, e que o capitão do Real Madrid, Sergio Ramos, cabeceou para vencer Victor Valdés.

Desafios a frente
Barcelona mais uma vez se mostrou inefetivo, mesmo com todas as alterações e alternativas, que não são poucas. No fim do jogo, o Barcelona jogou com Messi, Tello, Villa, e Pedro, mostrando a intenção de ser mais presente no último terço do campo. Ainda foi notável como os jogadores começaram a ficar nervosos com a situação, e só no segundo tempo, foram sete cartões amarelos, sem contar o que o goleiro catalão Valdés tomou após o apito final, por reclamação. Mesmo que o jogo não tenha sido importante a nível de campeonato, a importância de mostrar serviço após duas derrotas frustrantes ficou clara. Tarefa ingrata para o interino Jordi Roura de acalmar os ânimos, e trabalhar para encontrar e criar soluções para o momento atual da equipe blaugrana


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